sábado, 15 de outubro de 2016

Fordismo e o surgimento do Keynesianismo na Segunda Revolução Industrial

2ª Revolução Industrial

O meio técnico-científico e a Segunda Revolução Industrial (XIX -1850 ao XX)

Ocorreu um grande avanço técnico, principalmente nos EUA (1ª colônia a se transformar em potência), Alemanha e Japão. Neste período as principais indústrias foram a siderúrgica (
ela trabalha exclusivamente na produção de ferro e aço, que nada mais é do que um ferro “purificado”), a química e principalmente a automobilística, visto que a matéria-prima da época era o petróleo de onde deriva a gasolina utilizada nos automóveis.

OB:
O carvão (motor a vapor) será substituído pelo petróleo (motor a combustão interna) e eletricidade.

O motor a combustão permitiu a aceleração do ritmo de transporte e produção

Neste período, o modelo produtivo vigente era o Fordismo, nome relacionado ao empresário Henry Ford que implantou em sua fábrica de automóveis em Detroit, EUA, um conjunto de técnicas e sistemas de trabalho que, dentre outras características, utilizava-se da linha de montagem, que possibilitou a automação da produção e originou uma produção padronizada e em massa, e um trabalhador fixo, sem qualificação profissional, alienado e especializada, (a esteira) ou seja, que produzia de forma mecânica. Havia, portanto, a separação entre o trabalho intelectual e o trabalho manual.

Agora eu posso transportar de forma muito mais rápida eu também posso vender de forma muito mais rápida - assim eu posso lucrar mais. Esse pensamento vai fazer com que as grandes potências busquem no mundo fontes de matéria prima, porque se eu estou produzindo muito rápido eu preciso de muita matéria prima chegando para eu fazer meus produtos. E haverá uma grande disputa por áreas de influência na África e Ásia em busca de matéria prima e mercados consumidores (Imperialismo - séc XX).

Esta revolução originou o meio técnico-científico em que a ciência se colocou a serviço da indústria para o desenvolvimento de técnicas que possibilitassem o aumento da produção, o que por sua vez levou a uma maior modificação do espaço, tornando-o cada vez mais urbanizado devido à atração de grandes fluxos populacionais em direção às cidades e o incremento de infraestruturas, como a rede de transportes.
(Haverá a explosão dos direitos trabalhistas).

Pais rico era sinônimo de um pais industrializado, mas com a queda do Fordismo essa visão será mudada, já que as indústrias irão para os países pobres e emergentes em busca de mão de obra barata e e sindicatos fracos.


Fordismo (é o modelo produtivo da 2ª Rev. Industrial) Este modelo surgiu na primeira metade do século XX e revolucionou a forma de se produzir, aumentando consideravelmente a produtividade industrial se comparada com o período anterior, em que a produção manufatureira predominava.

(Primeiro modelo produtivo) Buscando o molde ideal para fazer uma indústria produzir, lucrar e  funcionar bem.
Objetivo: Produção em massa.

As ideias de Taylor foram aplicadas a produção Fordista. Pois as ideias tayloristas permitiam o aumento da produtividade do trabalhador com a utilização da esteira de produção e medidas que visavam o aumento da produtividade sem que houvesse aumento dos custos de produção.


Dentre as inovações implementadas pelo Fordismo destacam-se:
  1. A especialização da mão-de-obra: O trabalhador exercia apenas 1 função e  acreditava-se que a repetição de uma mesma atividade levaria ao aprimoramento do trabalhador na atividade desempenhada por ele. Sendo assim, ocorreria um aumento da produtividade, pois o tempo de produção iria diminuir cada vez mais, já que o trabalhador se tornaria um especialista naquela função.
  2. Esteira de produção: Outro aspecto característico deste modelo foi a implementação da esteira de produção que aumentou a produtividade ao controlar o tempo de produção das pessoas e eliminar  o tempo de deslocamento do trabalhador pela fábrica para pegar peças para a produção de um bem.  Desta forma, o trabalho se tornou mecanizado – termo que refere-se tanto ao uso de máquinas quanto ao exercício de apenas uma função pelo trabalhador. 
  3. Padronização: A padronização, ou seja, a uniformização da produção industrial aumentou a produtividade, pois os trabalhadores passaram a ser menos suscetíveis ao erro por estarem mais focados exercendo uma função sem variação, um exemplo disso foi a produção de carros do modelo Ford T preto.
  4. Produção em massa: Ao perceber que tudo que era produzido era vendido, era consumido pela população, a produção industrial cresceu cada vez mais até o momento em que atingiu um limite, a falta de mercado consumidor.  
  5. Mão-de-obra alienada - O trabalhador concentra-se apenas em sua função desconhecendo as outras que fazem parte do processo produtivo.

A junção desse trabalho rápido, mecanizado usando a linha de montagem, único modelo sendo vendido "padronizado" + petróleo resultou na  produção em massa. Se eu produzo muito eu ganho muito meio técnico científico.

O trabalhador sofria uma pressão social, pois tinham medo de demissão já que exerciam apenas uma função portanto tinham que fazer bem, ganhava pouco trabalhava demais porém não podia largar o emprego já que o pais passava por uma crise e tinha milhões de desempregados.


Crise de 1929 (Tem relação direta entre salário e consumo)

Os Industriais queriam que população comprasse todos os seus produtos só que ao mesmo tempo não queriam pagar bons salários. Exploravam o trabalhador aumentando a produção mas mantinham o custo da mão-de-obra para ter mais lucro.

Chegou o momento em que tinham uma produção muito grande e o poder de consumo muito baixo. Essa crise ficou conhecida como crise de superprodução porque eu produzi acima daquilo que meu mercado conseguiria consumir.

A crise de 1929 não significou apenas um momento de crise econômica, ela também significou o fim de um modelo de política de Estado em relação economia que foi a queda do liberalismo mão invisível do estado, estado nada atuante na economia. Quem mantinha as regras era o empresário, por isso a característica do estado liberal é a grande exploração do trabalhador, muitas horas de trabalho com baixos salários já que o empresário queria produzir muito e gastar pouco.

Em um dado momento, mais especificamente durante a crise de superprodução de 1929, a produção não estava mais sendo absorvida pelo mercado. Neste momento, várias empresas faliram por ter o estoque cheio mas não ter quem consumisse seus produtos.
O Estado Norte-americano aumentou o mercado consumidor através do New Deal, criado por John M. Keynes, medida que levou à criação de um novo estado que agora será interventor e controlador: Estado Keynesiano (o estado do bem-estar social). Neste momento, o objetivo do Estado não é a preocupação com a qualidade de vida da população, mas sim aumentar o mercado consumidor.
Dentre as medidas do Estado Keynesiano destacam-se as seguintes:
  1. O pleno emprego: Segurança para os trabalhadores de que não haveriam demissões, apesar da crise e por sua vez a necessidade de corte de gastos. Caso ocorressem demissões haveriam outros postos de trabalho disponíveis. Esta medida aumentou o consumo.
  2. Diminuição da carga horária destinada ao trabalho para ter tempo de consumir.
Estas duas medidas reaqueceram a produção industrial ao formar um mercado consumidor. Isto originou o que ficou conhecido como o American Way of life, em que a população tinha dinheiro e passou a consumir muito.

 Problemas do período fordista: Produção excessiva, não houve aumento de salário para acompanhar o mercado, irresponsabilidade do estado, a crise de 1929 que simbolizou a crise do modelo liberal.

 A crise do Fordismo

A sociedade de consumo não foi suficiente para manter o modelo Fordista.
Nas décadas de 1950 e 1960, o Fordismo viveu a sua era de ouro, vendendo muito pois as pessoas agora tinham dinheiro e tempo para consumir. Além disso, as indústrias promoveram o crescimento urbano nas áreas em seu entorno, atraindo cada vez mais populações, comércios, serviços e outros. Neste momento, surgiram também os sindicatos, órgãos representativos das classes trabalhadoras (SINDICATOS) que defendem os direitos das mesmas.
Apesar de um cenário de aparente estabilidade, com o aumento do salário dos trabalhadores – o ajuste salarial serviu na verdade para promover a venda do que estava acumulado em estoque (para que os próprios trabalhadores da FORD tivessem dinheiro para comprar o carro) –, a crise do modelo fordista na década de 1970 foi inevitável. Dentre as razões para a crise do modelo, encontram-se os estoques lotados, os produtos padronizados e duráveis e a grande pressão sindical. Como consequência, destaca-se o deslocamento das indústrias em direção aos países pobres e emergentes.
Cabe destacar que a crise do Fordismo não significou o fim deste modelo de produção, mas sim que ele deixou de ser o principal modelo utilizado, passando a exercer um papel secundário.


Resumindo:
2ª Revolução Industrial (1850 e terminou durante a Segunda Guerra Mundial 1945)
Liberalismo (XIX - XX) "Modelo de estado"
Fordismo (Modelo de produção do século XX)
Crise de 1929
Keynesianismo (1930 - 1980) "Modelo de Estado"
Surgimento dos sindicatos
Queda do Fordismo (1970)






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